
Meados de 2025: será que chegamos em 2026?
https://simespi.com.br/informativos/revista-simespi-edicao-152/#flipbook-df_59231/16/
https://simespi.com.br/informativos/revista-simespi-edicao-152/#flipbook-df_59231/16/Estamos em meados de 2025 e uma coisa já é certa: este não está sendo um ano fácil para as empresas brasileiras. Com a taxa Selic atingindo os 15% ao ano — a maior dos últimos 20 anos — o custo do capital aumentou, e muito. Começamos o ano em 12,25% e chegamos ao pico rapidamente. A boa notícia? A previsão do Banco Central é de estabilidade nesse patamar até dezembro. E se as expectativas se confirmarem, 2026 poderá encerrar com uma taxa em torno de 12,5% ao ano.
Paralelamente a esse cenário desafiador, temos uma transformação de grandes proporções a caminho: a Reforma Tributária, que começa sua implementação em 1º de janeiro de 2026, avançando por etapas até 2033.
Mas será que essa reforma é um problema? A resposta pode surpreender: não necessariamente. A proposta da reforma é simplificar o sistema de tributos sobre o consumo. Saem os cinco tributos (IPI, ICMS, ISS, PIS e COFINS) e entram novos modelos (confira o box no final da matéria).
Essa mudança é profunda. E para atravessá-la com segurança, as empresas precisam estar com a casa em ordem — especialmente no setor industrial, onde o controle de estoques, processos produtivos, notas fiscais e custos operacionais exigem precisão milimétrica.
Neste momento, as perguntas que todo gestor deve se fazer são:
Soluções operacionais:
Minha empresa tem controle real sobre todas as entradas, produção e saídas? Os setores estão integrados?
Soluções tecnológicas:
O sistema de gestão é completo e está 100% implantado na operação?
Soluções contábeis:
Os dados financeiros e operacionais estão sendo enviados de forma correta e no tempo certo à contabilidade?
Essas perguntas são o ponto de partida para enfrentar dois dos maiores desafios de 2025 e 2026: o alto custo do dinheiro (com os juros reais entre os mais altos do mundo) e a transição tributária, que exigirá controle detalhado das movimentações fiscais.
Estar preparado vai muito além de cumprir exigências legais. É garantir que o custo operacional esteja bem apurado, que os preços sejam formados com segurança, e que o lucro operacional seja suficiente para suportar o peso dos juros — sem comprometer o capital de giro ou os investimentos futuros.
Este é apenas o começo da conversa. Precisamos aprofundar cada um desses pontos com foco no dia a dia das indústrias. Mas o recado principal é claro: agora é a hora de arrumar a casa.
O que muda com a reforma:
- IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – substituirá ICMS e ISS;
- CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) – unificará PIS, COFINS e IPI;
- IS (Imposto Seletivo) – incidirá apenas sobre produtos e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente.